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segunda-feira, 14 de novembro de 2022

Pensei muito sobre esta postagem, desde que a vi. Pensei muito nas Amizades, que para mim sempre foram assim, com letra maiúscula. Lembrei muito de momentos como as conversas e confissões, passando por sorrisos e gargalhadas e que, frequentemente, culminaram em momentos inesquecíveis.

Refleti também sobre o momento que vivemos, atualmente: um certo distanciamento, o pouco convívio, as questões ideológicas impostas, os respectivos momentos de vida de cada uma de nós,... Enfim, tentei buscar em mim o porquê de aquela adjetivação ter me causado tanta, digamos, surpresa. Minha primeira reação foi justificar aquele estranhamento: - "Ah! Deve ser o senso de humor... meio ácido, às vezes". Mas isso não bastou. Aquele desconforto permaneceu, talvez pelo fato de eu não entender como alguém se orgulharia de se assumir tão... desprezível. Sei lá, só consegui associar aquela auto adjetivação a coisas horríveis.

Entre o tempo que meus pensamentos me afligiam, e considerando que eu "não me conformava" com aquela sensação desconfortável que o bendito adjetivo me causara, busquei mais entendimento. Talvez por ele estar atrelado, de forma autodeclarada, a alguém por quem o meu entendimento passava mesmo longe de qualquer coisa parecida, busquei pela definição.  Várias surgiram ~ coisa de Google, mesmo! No entanto, infelizmente, todas muito semelhantes e que convergiam para outros adjetivos, igualmente desprezíveis. Fiquei triste.

Lembrei que na minha vida, até aqui, bem poucas vezes fiquei tão frustrada. Tenho um super orgulho das pessoas com as quais me relaciono e, em especial, daquelas que chamo de Amigas. Amizade, pra mim, é algo mais do que nobre. Sou fiel e leal aos meus amigos e espero ser tratada da mesma forma.

Tenho o maior orgulho dos meus ótimos amigos. Não são muitos, mas são todos gente muito boa. Aquele tipo de gente que acredita no trabalho duro, que reconhece Valores inalienáveis, que se enxerga como pessoas confiáveis, que compartilha ideias e ideais, que viaja, ri, chora, cozinha, limpa a louça, ajuda com as malas, as bolsas, as cadeiras de praia, gosta do meu cachorro,... e não só isso, mas também não tolera a preguiça, a vagabundagem, a traição, a inveja, a ingratidão, o desrespeito, a desfaçatez, a desonestidade,... Enfim, gente com quem eu conto e com quem posso contar.

Finalmente, o valor maior de tudo isso se resume ao Valor Humano. E valorizar (-se) como um ser íntegro, no meu entendimento, não contempla o mau-caratismo, independentemente da motivação. Lamento profundamente pelos seres maus-caracteres, especialmente os que se autointitulam assim. Lamento profundamente ~ por essas pessoas e por mim.

Lamento, mas agradeço. Agradeço pelas aprendizagens, pela sinceridade, pela transparência e, em especial, pela oportunidade de entender que eu não quero mais que pessoas que tenham "comportamento moralmente incorreto, baseado na falsidade e deslealdade e com ausência de escrúpulos"* façam parte da minha vida. É mesmo uma pena... bem triste, mesmo. Mas, né, c'est la vie

*definição de Google, mesmo.